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Jogo da memória da Revolução Industrial

 
 
 
 
TEXTO INTRODUTÓRIO - REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

 

 

 

 

                     A Revolução Industrial foi um período de intensas transformações econômicas e sociais. Ela de fato modificou a estrutura dos modos e dos meios de produzir e introduziu primeiramente na Europa o modelo da fábrica moderna.

                Em sua primeira fase ocorrida na Inglaterra do século XVIII, a Revolução Industrial substitui o trabalho manufatureiro pelo trabalho fabril e transferiu a energia física humana para a energia mecânica das máquinas.

                Mas, por que a Inglaterra saiu na frente no processo da Revolução Industrial? Quatro fatores podem ser apontados como importantes para isso. O primeiro deles vinha ocorrendo desde o século XVI: o mercantilismo, que levou a Inglaterra ao acumular capital, a expandir seu comércio, a ter nas mãos o monopólio do tráfico de escravos e à prática da pirataria. O segundo fator, foi a mão de obra disponível por conta do processo de cerramento dos campos (Enclosure Acts) que resultou no êxodo rural dos camponeses para as cidades. O terceiro fator importante foi a Revolução Gloriosa, a partir dela a burguesia derrubou a monarquia absolutista, e ascendeu política, social e economicamente. Alguns fatores naturais também contribuíram para este processo, foi o caso das jazidas de carvão, fonte vital para a máquina a vapor.

                O vapor e o ferro foram os personagens principais no palco das invenções desta primeira Revolução, que levaram ao desenvolvimento dos setores têxtil, siderúrgico e agrícola. Vejamos a seguir os principais inventos e seus criadores:

                Em 1733, Jhon Kay criou a laçadeira mecânica, que favoreceu uma série de melhoramentos no processo de fiação e tecelagem do algodão, agora mecanizado. James Hargreaves aperfeiçoo em 1756 sua máquina de fiar a Spinning Jenny como inúmeros furos, o que levou ao aumento da produção. O tear mecânico de Edmund Cartwright criado em 1784, se adaptou mais tarde ao uso do motor a vapor, criado em 1776 por James Watt, resultando no aumento da produção e menor preço dos produtos finais. Já o descaroçador de algodão, criado em 1793, pelo norte americano Eli Whitney possibilitou a separação rápida e eficaz do algodão da sua semente.

                Mais adiante no inicio do século XIX, a primeira Revolução Industrial dava seus sinais de avanço. Em 1800 o italiano Alessandro Volta trouxe ao mundo a primeira pilha elétrica, ou pilha de Volta e o norte americano Robert Fulton (1765-1815) em 1807 criou o barco a vapor, que permitiu a embarcação locomoção sem a dependência do vento.

               A partir da segunda metade do século XIX o mundo assistiu o desenvolvimento do capitalismo ultrapassar as fronteiras da Inglaterra. Pelo resto da Europa, nos Estados Unidos da América e no Japão a intensa aceleração da indústria associada a este avanço capitalista, resultou na segunda fase da Revolução Industrial. Esta segunda fase se evidenciou pelas invenções e descobertas que, aliadas a ciência moderna impulsionaram o universo da indústria das comunicações e dos transportes. Foi uma revolução cientifica na tecnologia da época, como é possível perceber nas descobertas e invenções expostas abaixo.

               No ano de 1856 o engenheiro britânico Henry Bessemer descobriu através do processo que leva seu sobrenome, como produzir o aço. O material mais barato e resistente do que o ferro servia a indústria bélica, a construção civil e na fabricação de maquinário. Em 1870, Zénobe Gramme inventa o dínamo. Esta peça ficou sendo responsável pela produção de energia e sua transmissão à longa distância possibilitou mais tarde a lâmpada incandescente inventada por Thomas Edison em 1881.

              Em 1876 o italiano Antonio Mucci cria o telefone, que no mesmo ano foi patenteado pelo britânico Alexander Graham Bell. O microfone de carbono é descoberto pelo inventor inglês David Hughe em 1878. Já em 1889, Emile Berliner desenvolve o gramofone, aparelho que permite reprodução e gravação mecânica do som. Ainda na área da comunicação em 1901, 75 anos após o telefone, é criado o rádio pelo italiano Guglielmo Marconi.

              Mas nem só de inventores o mundo das criações foi feito. Muitas inventoras também deixaram suas marcas. A norte americana Josephine Cochrane criou em 1856 uma eficiente máquina de lavar louças e mais a frente, já no inicio do século XX outra norte americana Mary Anderson cria em 1903 o limpador de para-brisas. Em 1889 a enfermeira Letitia Geer cria o modelo de seringa moderna, que facilitou bastante a rotina dos profissionais da área da saúde. E ainda nesta área, destaca-se o físico alemão Wilhelm Conrad Röntgen responsável por produzir o efeito do raio-X que auxiliou no diagnostico de doenças através de imagens.

              Todas essas invenções e descobertas ocorridas com a Revolução Industrial em suas duas fases, causaram inúmeras rupturas e trouxeram algumas consequências para o mundo. Essas mudanças ocorreram na economia, com o avanço do capitalismo na ciência, com o desenvolvimento da medicina, na cultura com as mudanças de hábitos e costumes e no social com o enriquecimento rápido de alguns e a pobreza crescente de muitos.

 

 

 

 

Referências:

 

BOULOS, Alfredo Júnior. Industrialização e imperialismo. In: História Sociedade & Cidadania. São Paulo: FTD, 2009, p. 10-13.

 

MOCELIN, Renato; CAMARGO, Rosiane de. No mundo das fábricas: industrialização e trabalho. In: História em Debate. 3 ed. São Paulo: Editora do Brasil, 2013, p. 150-157.

 

PEDRO, Antonio; LIMA, Lizânias de Souza; CARVALHO, Yone de. Revoluções Inglesas. In: História do mundo Ocidental. São Paulo: FTD, 2005, p 232-240.

 

Só biografias. Disponível em: <http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/index.html?submit=Home+Page>. Acesso em: 20 de Março de 2015.

 

Veja 10 mulheres inventoras que revolucionaram o mundo. Disponível em: <http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/03/veja-10-mulheres-inventoras-que-revolucionaram-o-mundo.html>. Acesso em: 20 de Março de 2015

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